Prezados,
Segue abaixo, as respostas de forma resumida, pois o objetivo da enquete era para saber qual o nível de entendimento que os Podólogos possuíam acerca do tema ( assunto ). Conforme ilustra a foto
( perguntas abertas ).
Inicialmente gostaria de agradecer pela
participação de todos, principalmente com esta iniciativa de discutirmos alguns
casos clínicos. Percebi que muitos podologo(a)s não compreenderam o que a
proposta da discussão trazia, que era avaliar a foto, e responder o que era
pedido ( seu diagnóstico, sua conduta e sugestões ).
Neste sentido, percebi que 90% dos podologos que participaram
da enquete “ preferem respostas facilitadas, dicas práticas, com receitas
prontas ”, e isto é preocupante para a PODOLOGIA BRASILEIRA, pois isto denota
que muitos profissionais apresentam dificuldades para interpretarem casos clínicos e façam QUESTIONAMENTOS com bases
científicas, ou seja, pautadas em revisões de literaturas ( baseadas em autores
de livros, pesquisas, etc ), como segue:
Pergunta 01 – qual seu diagnóstico neste caso ?
Pergunta 02 – qual sua conduta?
Pergunta 03 – que tipo de órtese seria indicado ?
Neste sentido, observei que apenas 3% dos
participantes contribuíram com as perguntas acima. E dentre as pessoas que
responderam, houve grandes equívocos em relação ao quadro clínico e até mesmo
relacionado a ÓRTESES.
É importante lembrarmos que ÓRTESE engloba todos os
tipos de recursos ortóticos/aparatos existentes, tais como: ortoplastia,
onicoórteses, palmilhas, órteses de descarga, etc, todos estes tipos de “
RECURSOS ESTÃO DENTRO DAS ÓRTESES ”, e não apenas FMM/ÓRTESE METÁLICA para
unhas.
O caso apresentado trata-se de uma paciente de 70
anos, portadora de DM insulino-dependente, portadora de doença vascular
periférica, neuropatia diabética e retinopatia ( Pé Diabético ).
Apresenta úlcera plantar neuropática em hálux
direito, provocado por deformidade biomecânica (antepé pronado, dedos
sobrepostos ). Já está em acompanhamento médico
pela equipe ( ortopedista, cirurgião vascular, endocrinologista, oftalmologista
e enfermeira estomaterapeuta ), sob minha supervisão também.
Sabendo-se que o PÉ DIABÉTICO reúne todas estas deformidades, é de suma importância
que o PODÓLOGO possua um conhecimento
vasto em todos os tipos de órteses plantares ( palmilhas com alivio de pressão,
palmilhas com elementos terapêuticos para pés cavos ou pés planos, órtese do
tipo robofoot, órtese de baruk, ortoplastia, etc ).
É importante salientar que em lesões no PÉ
DIABÉTICO, estas seguem uma escala de complexidade, tais como:
1- Faz-se onicotomia primeiro ?
2- Realiza-se curativo antes de todo o
procedimento ?
3- Em que casos usa-se a
órtese de baruk ou órtese plantar (palmilha) com alivio de pressão ?
4- Quais os
limites do Podólogo frente ao trabalho da equipe ?
Em relação a
evolução do caso, iniciou em outubro de 2014, onde encaminhei para MÉDICA
ORTOPEDISTA a fim de confeccionarmos uma PALMILHA ESPECIAL, mas não foi
orientada quanto aos cuidados com a lesão ( curativos, molhar ou não molhar ? ), indicação de calçado especial...o que resultou na piora da lesão.
Vale destacar que
esta paciente já acompanha em nosso serviço de podologia há mais ou menos 8
anos, encaminhada por um médico cirurgião vascular.
PERCEBERAM
COMO O PODÓLOGO PRECISA DOMINAR TODAS ESTAS ÁREAS DO CONHECIMENTO ?
Atualmente ela
está com a lesão 97% quase cicatrizada e mantém acompanhamento semanal em nosso
consultório, além dos cuidados médicos já estabelecidos.
CONVITE:
Se você gostaria
de aprender a identificar estes tipos de deformidades e saber que tipo de
órtese é indicada para cada caso, então não perca a oportunidade para fazer o
CURSO
TEÓRICO-PRÁTICO DE PAMILHAS E ORTOPLASTIA (INÉDITO)
carga horária de 16h - Ministrado por uma Fisioterapeuta Ortesista em conjunto com um Podólogo Especialista em Pés Diabéticos e Pés de Idosos.
Dia 25 e 26 |04 |2015, Curitiba,PR.
Após o curso, você ainda terá retorno financeiro
com a confecção de ORTOPLASTIA e PALMILHAS.
Informações: Pdga Ingrid Bueno ( depto financeiro do grupo de
estudos ) – 041 9970 9194(tim)
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CASO 2 - ONICODISTROFIA EM HÁLUX DIREITO
Percebi
que 90% dos
podologos que participaram da enquete “ preferem respostas
facilitadas, dicas práticas, com receitas prontas ”, e isto é preocupante para
a PODOLOGIA BRASILEIRA, pois isto denota que muitos profissionais apresentam
dificuldades para interpretarem casos
clínicos e façam QUESTIONAMENTOS com bases científicas, ou seja,
pautadas em revisões de literaturas ( baseadas em autores de livros, pesquisas,
etc ), como segue:
Pergunta
01 – qual seu diagnóstico ?
Pergunta
02 – qual sua conduta?
Após
isso, sugeriu-se deixar os e-mails, mas muitos deixaram “ números de celulares
”, o que evidencia que estes profissionais não conseguem interpretar um texto
ou uma foto.
Outro
detalhe importante é que muitos foram UNÂNIMES em afirmar o diagnóstico de “ ONICOMICOSE ”, sem
expressar outras doenças ungueais associadas, bem como, o diagnóstico e
tratamento adequado para cada caso, e isto seria a CONDUTA ( conduta quer dizer
o que poderá ser feito em cada situação, iniciando pela história clínica,
diagnóstico e procedimentos podológicos associados ).
Em suma,
o caso apresentado foi uma paciente de 1ª consulta, 47 anos, indicada por um
médico clinico geral, no qual está
fazendo acompanhamento médico há mais de um ano ( unha do hálux direito ). Já no
hálux esquerdo, apresenta onicofose crônica, associado a “ pericomania ” ,
sem histórico de onicomicose ou trauma mecânico local.
O
DIAGNÓSTICO DESTE CASO É “ VERRUGA
PERIUNGUEAL CRÔNICA(hpv) ”, que iniciou
após manipulação (ferimento) no sulco ungueal por uma manicure.
A
conduta e o tratamento ( médico e podológico ) resumiu-se em “ inativação
fotodinâmica ), injeções de quimioterápico subcutâneo de 7/ 7 dias e
crioterapia.
Este
caso clínico ainda está em acompanhamento, e foi atendida pela primeira vez em
nosso serviço de podologia.
Tratar VERRUGAS pela Podologia é um assunto
bastante discutido em nosso meio. Muitos profissionais médicos questionam o
diagnóstico pelo Podólogo, entendendo que estes profissionais não estão saindo
preparados para o mercado de trabalho, principalmente para este tipo de doença,
que envolve vários tipos de tratamentos ( crioterapia, eletroterapia,
cauterização com ácidos e uso do laser ), e certos casos, merecem um DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL, como MELANOMA BASO CELULAR OU ESPINOCELULAR. Percebemos também que
alguns profissionais fazem uso até de “ óleos essenciais ” nestes casos, porém,
sem sucesso.
Em alguns
Estados e Cidades Brasileiras, muitos podólogos são proibidos de realizarem
estes tipos de tratamentos.
NO
DIA 30 DE MARÇO, AS 19H, DISCUTIREMOS
ESTE ASSUNTO DENTRO DE UMA VISÃO MULTIPROFISSIONAL, ONDE PODÓLOGOS,
PROFESSORES DE PODOLOGIA, ENFERMEIROS E OUTROS PROFISSIONAIS FALARÃO DO ASSUNTO
EM UMA MESA REDONDA, COMO TEMA DO NOSSO GRUPO DE ESTUDOS, CURITIBA-PR.
AS
VAGAS SÃO LIMITADAS E VOCÊ ESTÁ CONVIDADO(A) !
Informações: Pdga
Ingrid Bueno ( depto financeiro do grupo de estudos ) – 041 9970 9194(tim)
Inicialmente gostaria de agradecer pela
participação de todos, principalmente com esta iniciativa de discutirmos alguns
casos clínicos. Percebi que muitos podologo(a)s não compreenderam o que a
proposta da discussão trazia, que era avaliar a foto, e responder o que era
pedido ( seu diagnóstico, sua conduta e sugestões ).
O CASO APRESENTADO TRATA-SE DE ONICOCRIPTOSE AGUDA EM HÁLUX DIREITO ( FACE LATERAL ), COM PROCESSO INFECCIOSO
LOCAL E PRESENÇA DE GRANULOMA PIOGÊNICO.
JÁ NA FOTO AO LADO, APRESENTA LESÃO EM PROCESSO DE
CICATRIZAÇÃO ( PÓS ESPICULAECTOMIA ).
Durante a enquete, percebeu-se que muitos
podólogo(a)s ainda apresentam dificuldades na abordagem da onicocriptose. Um
detalhe importante é que destes profissionais, 90% não descreveram os sinais e
sintomas da lesão, e em nenhum momento foi citado o uso concomitante de
antibioticoterapia sistêmica profilática, bem como, os curativos adequados para
cada caso e antisepsia prévia antes do procedimento podológico.
É importante destacar, que o uso de ONICOÓRTESES se
faz necessário apenas em certos casos , atentando-se para casos onde já existe o crescimento da
lamina ungueal.
NOTA:
EM MUITOS CASOS, A PRÓPRIA ESPICULAECTOMIA INCORRETA
PROVOCA UMA LESÃO NO TECIDO PERIUNGUEAL, ONDE O GRANULOMA PIOGÊNICO NÃO
CICATRIZA DEVIDO A ISSO.
O CORRETO É:
1- AVALIAR CADA CASO DE FORMA ISOLADA;
2 – AVALIAR O TIPO DE ESPICULAECTOMIA PARA CADA
CASO ( PROXIMAL, MEDIAL OU DISTAL), POIS PARA CADA REGIÃO, UTILIZA-SE UM TIPO
DE INSTRUMENTAL ( lamina 15, pinça kocher, pinça mosquito cabo longo, bisturi
nuclear ou até mesmo formão específico );
3 - OS CURATIVOS precisam seguir protocolos
científicos ( fármacos que induzam a cicatrização quando a lesão estiver limpa,
antibióticos tópicos em casos de processos purulentos, desbridantes enzimáticos
em casos de tecidos desvitalizados ) e assim por diante.
IMPORTANTE: Você
sabia que o uso de nebacetin não é usado
como cicatrizante e interfere na recuperação da unha ?
Atualmente, existem soluções de descontaminação
usadas como “ anti-sepsia “ antes da remoção da espícula, a fim de se evitar
infecções cruzadas ( como erisipela bolhosa ou necrotizante ) e o uso de “ óleos essenciais tópicos ” em certos
casos, podem interferir no tratamento.
CONVITE:
NO DIA 22 DE MARÇO, 2015, DAS 09 AS 17H, IREMOS MINISTRAR UM CURSO PARA
SANAR ESTAS DÚVIDAS OBSERVADAS NA ENQUETE. CIDADE DE JOINVILLE-SC.
Temas:
curativos possíveis para cada caso de onicocriptose, uso de onicoórtese para cada
situação, uso de anteparo periungueal até o crescimento total da lamina
ungueal. Informações: Claudiana
Oliveira F: 047 9669 5794
CONVITE:
Grupo de Estudos em Podologia - GEP , Cidade Curitiba-PR
A cada 60 dias, nosso grupo de estudos em podologia
se reúne na Cidade de Curitiba, para apresentação de casos clínicos e discussão
em grupo.
Para participação no grupo, o participante paga
apenas uma taxa de R$ 50,00 para o uso da sala e recursos audiovisuais ( som,
data show, etc ).
AS VAGAS SÃO LIMITADAS E VOCÊ ESTÁ CONVIDADO(A) !
Esta paciente apresenta PÉ CAVO VARO, sbrecarga em antepé ( cabeça dos metatarsianos ), decorrente de alteração neuromotora ( teve início de avc ), e posteriormente a isso, desenvolveu " um grau de PÉ EQUINO, e CAVO ".
Como é tabagista, o calo plantar ( neurovascular ) piorou....
Existe uma forte associação entre calo neurovascular e TABAGISMO|VASCULOPATIA, pois em muitos casos em que o paciente apresenta este tipo de podopatia, muitos deles apresentam problemas circulatórios ou são tabagistas.
O tratamento engloba a aplicação " delimitada de alguns agentes tópicos ", com o objetivo de ajudar a destruir as células mortas locais, para facilitar a remoção mecânica ( com bisturí ) posteriormente ( depois de uns 3 dias da aplicação ).
Infelizmente não existe " cura para calos ", pois se a causa não for descoberta e eliminada, estes tendem a voltar como uma resposta/defesa do organismo, na tentativa de proteger as protuberâncias ósseas ( epífeses ósseas ).
O Podólogo deve realizar um bom exame físico, identificando os fatores pré-existentes, realizar impressão plantar ( a fim de identificar o tipo de deformidade mecânica e zonas de hiperpressão ), podoscopia ( com podoscópio eletrônico ou convencional ), e em certos casos, confrontar estes achados com " baropodometria computadorizada ", para saber indicar a melhor ÓRTESE PLANTAR, que atenda as necessidades de cada paciente.
Neste caso, ela foi encaminhada para o serviço de ortopedia técnica ( ortesista e protesista ) para confecção de palmilha ortopédica ( órtese plantar ), do tipo valenti-valenti, com barras retrocapitais e descargas nos locais dos calos. Além disso, sugeriu-se também o uso de calçado especial ( cx alta, solado do tipo cadeira de balanço, etc ).
Gostou do assunto ?
Então não fique de fora deste curso, único com 2 profissionais professores ao mesmo tempo !
Boa tarde,
ResponderExcluirPor favor pode me explicar o que é pericomania ?
aniete.morriello@yahoo.com